
Foi encerrada, nesta terça-feira (23), a programação do Congresso Inteligência Artificial no Poder Judiciário. O evento foi promovido pelo Centro de Estudos Judiciários do Conselho da Justiça Federal (CEJ/CJF), pelo Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF6) e pela Escola de Magistratura da 6ª Região e contou com o apoio da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), da Associação dos Juízes Federais de Minas Gerais (AJUFEMG) e do Centro Universitário Dom Helder.
A solenidade de encerramento foi marcada pela homenagem ao ministro João Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em reconhecimento a sua relevante contribuição para a criação do TRF6 e para o fortalecimento da Justiça Federal. A placa de homenagem foi entregue pelo presidente do TRF6, desembargador federal Vallisney Oliveira, e pela diretora da Escola de Magistratura e da Revista do Tribunal Regional Federal da 6ª Região, Mônica Sifuentes.

Ao prestar a homenagem, o desembargador federal do TRF6 Flávio Boson Gambogi enalteceu o ministro João Otávio de Noronha como “um magistrado de inteligência rara, prática e múltipla. Encontrou seu apogeu na liderança do processo de implantação do TRF6, conquista almejada por gerações, mas somente alcançada graças à inteligência, habilidade e determinação do ministro Noronha”.

Ao ter a palavra, a desembargadora federal Mônica Sifuentes também destacou o empenho louvável do ministro na criação do TRF da 6ª Região: “Em três anos de criação, o TRF6 é um tribunal presente na vida de Minas Gerais, presente na vida do Brasil, e que graças ao empenho do ministro João Otávio de Noronha, passou da ideia dos inconfidentes mineiros, para a realidade”.

Em agradecimento, o ministro João Otávio de Noronha disse que o reconhecimento é uma honra e profundamente emocionante, e que o gesto reafirma o valor do trabalho coletivo, da dedicação e do compromisso das instituições públicas. “Não se cria um tribunal com esse peso sozinho; mas sim quando há uma coincidência de esforços. Criar o TRF6 valeu a pena, porque foi um trabalho de união e fortalecimento da Justiça Federal. Ele foi criado por uma ambição técnica de melhoria da qualidade da prestação jurisdicional”, afirmou.

“Esse crédito dou à perseverança do povo mineiro, um povo de sete fôlegos. Cada distância vencida, cada estrutura montada, cada serviço implementado foi movido por um propósito maior: servir ao jurisdicionado com eficiência, dignidade e respeito. Nos três anos de atuação, a nova Corte tem sido um verdadeiro instrumento de transformação. Que os próximos anos sejam de consolidação, de inovação e de mais conquistas, e que estejamos juntos nos capítulos seguintes com a mesma força que nos trouxe aqui”, complementou o ministro João Otávio de Noronha.
Revista
O momento também foi dedicado ao lançamento da Revista do Tribunal Regional Federal da 6ª Região. Ao anunciar a novidade, a desembargadora federal Mônica Sifuentes afirmou que o lançamento do periódico é um marco histórico. “Essa edição histórica, com o prefácio do ministro João Otávio de Noronha, conta a criação do TRF6 e como cada um de nós, que trabalhou na construção desse projeto, sentiu essa experiência. Ela é mais do que um artigo científico ou uma coletânea de artigos científicos, ela é o testemunho vivo da história do TRF6”, disse.
Encerramento
Para finalizar as atividades, a coordenadora executiva do evento, juíza federal auxiliar da Corregedoria-Geral da Justiça Federal, Vânila Cardoso André de Moraes, agradeceu todo o apoio e esforço das equipes envolvidas na organização. Ela comentou que a dimensão do congresso se traduziu não apenas na quantidade de participantes, mas na qualidade e profundidade das discussões.

“Foi um evento histórico em que conseguimos reunir os tribunais, o STJ, o CJF e diversas outras instituições para discutir o presente e o futuro das tecnologias no tribunal que nasceu sob o signo da inovação. Estamos criando um belo caminho. E estamos em uma fase de trabalhar em rede, alinhados em três eixos: letramento digital, inovação na estratégia e compartilhamento de todas as nossas iniciativas”, afirmou.

Por fim, o desembargador federal Pedro Felipe de Oliveira Santos apontou que os últimos meses foram dedicados a pensar em cada detalhe do congresso. “Essa é a primeira vez que todos os tribunais se reúnem para discutir inteligência artificial. Cada tribunal trouxe sua solução, seu projeto, e as soluções se complementam. Essa é uma oportunidade única de trabalharmos cada vez mais juntos, e louvo o CJF por historicamente ser sempre esse elemento de conexão da Justiça Federal”, pontuou.
Para ele, o encontro “nos permitiu conhecer mais e melhor a inteligência artificial, tomar conhecimento das iniciativas inovadoras nos tribunais e no CJF, e ainda ampliou o debate sobre o compromisso que devemos assumir no tocante ao uso cooperativo, sustentável e ético da inteligência artificial, coisas que são inadiáveis”.
Fonte: Conselho da Justiça Federal
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