
O II Encontro de Magistrados Coordenadores dos Centros Judiciários de Solução Consensual de Conflitos e Cidadania (CEJUSCs) da Justiça Federal da 6ª Região que reuniu juízes federais de toda a sexta região, aconteceu no dia 13 de novembro, na Casa de Conciliação do Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF6), em Belo Horizonte. Promovido pela Coordenadoria Regional de Solução Adequada de Controvérsias (COJUS) e pelo Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (NUPEMEC), o evento teve como objetivo principal criar um ambiente de troca de experiências, discussão de boas práticas e aproximação entre os magistrados e os parceiros da Justiça Federal, como a Caixa Econômica Federal.
O coordenador do NUPEMEC, juiz federal Itelmar Raydan Evangelista, realizou a abertura do evento e explicou que a iniciativa busca transformar o compartilhamento de vivências em ganho de eficiência. Ele destacou, "Esse encontro tem também um grande valor que permite com que todos os juízes, coordenadores, possam ter uma interação com representantes de instituições que são grandes demandantes da Justiça Federal. Temos que compartilhar esse mesmo ambiente de informalidade, de conversa, de troca de ideias e em busca de soluções".

O coordenador da COJUS, desembargador federal Álvaro Ricardo de Souza Cruz, reforçou a importância da troca de ideias em um clima amistoso e de proximidade com os juízes coordenadores dos CEJUSCs. " A troca de experiências da COJUS com os representantes dos CEJUSCS no estado todo tem rendido muitos frutos, a gente tem observado os números crescentes de conciliação e de soluções adequadas aqui no Estado", afirmou. O magistrado ainda ressaltou que o evento pretende fomentar práticas de uma justiça mais próxima do cidadão, "A letra C de COJUS e a letra C de CEJUSCS significam cidadania", completou.

O evento também contou com a participação de representantes de instituições que são grandes demandantes na Justiça Federal. O gerente jurídico da Caixa Econômica Federal, Bruno Ubaldino, apresentou um painel para discutir a Resolução CJF nº 956, que trata da solução uniforme de conflitos envolvendo o programa Minha Casa Minha Vida. Ubaldino enfatizou, “É importante trazer para os magistrados o funcionamento interno dessa resolução na Caixa para saberem os trâmites, os prazos que eles podem esperar e verificar as vantagens dessa aplicação. Então essa conversa é para isso, para a gente horizontalizar o conhecimento”.
Na avaliação do juiz federal Bruno Augusto Santos Oliveira, coordenador adjunto do NUPEMEC, a conciliação exige um processo contínuo de conexão humana para uma prestação jurisdicional efetiva. Ele comparou esse esforço coletivo à formação de uma rede neural, onde cada magistrado atua como um neurônio que, ao se conectar e compartilhar informações, fortalece todo o sistema. "Quando o desembargador Álvaro e a equipe trazem os juízes aqui, a gente faz a conexão, nós fazemos circular essa informação, isso é muito promissor", afirmou o magistrado, destacando que esse fluxo de conhecimento fundamental para criar uma cultura consolidada de conciliação, capaz de humanizar cada vez mais a justiça.







