
Na tarde do dia 5 de setembro de 2025, a sede do Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF6), localizada na avenida Álvares Cabral, número 1741, em Belo Horizonte, ganhou um novo símbolo que une arte, cultura, fé e compromisso institucional. A fachada do edifício Euclydes Reis Aguiar (ERA) agora abriga uma vitrine que homenageia a essência do Estado de Minas Gerais, com suas tradições, sua história e seu povo.

Mais do que um adorno, o painel é uma declaração de princípios e afirmação da cultura mineira. Com cores e formas cuidadosamente pensadas, ele evoca a fé das igrejas centenárias, o legado do ouro que moldou a história do Estado, e a força do café: símbolo do trabalho e sustento várias gerações. Trata-se de um tributo visual à cultura mineira e à missão da Justiça Federal, que se firma enraizada no território.
Poesia mineira
De acordo com o presidente do TRF6, desembargador federal Vallisney Oliveira, o painel retrata a poesia das Minas Gerais integrado ao trabalho da Justiça Federal mineira. "É um painel poético que integra sociedade e a Justiça. O TRF6 precisa ter essa integração e esse encaixe com a sociedade mineira. Somos um Tribunal da Liberdade, do social, da Justiça. Neste painel, procuramos retratar vários aspectos da cultura mineira. Por isso, ele é um símbolo da Justiça Federal de Minas", explicou o presidente do TRF6.

Para o diretor-geral do TRF6, Jânio Mady, o painel representa mais um passo para a construção da identidade institucional. "Objetivamos dotar esse prédio de todas as referências que remetam ao Tribunal. Esta é uma proposta integrativa, que traz a missão do Tribunal em único mosaico. Ele fala da indústria, da urbanidade, do café, da lavoura. Fala também de todos os desafios que o Tribunal tem, que já tomou para si, e que compõe a sociedade mineira. Ele é uma declaração de unidade e identidade de Minas com o Tribunal. É um painel muito bonito. É uma obra de arte!", parabenizou o diretor-geral.

O diretor da Subsecretaria de Gestão Documental, Silas Batista dos Santos é o autor do texto que descreve o painel. Para ele, a vitrine resgata o homem do campo trabalhando na lavoura com calos nas mãos, o ouro, o café, as montanhas. "São os elementos que simbolizam Minas Gerais. Aqui, a Justiça tem o sotaque das Minas Gerais", explicou o diretor responsável pela Gestão Documental e Memória Institucional do TRF6.
Arte que fala com o povo
Instalada junto ao Plenário do TRF6, a vitrine se apresenta como uma obra de forte impacto simbólico. Ao observá-la, o visitante é convidado a mergulhar na alma mineira. O café surge como testemunho do labor diário de tantas famílias mineiras. As montanhas, presentes de forma estilizada, representam a estabilidade e a memória de um povo resiliente e forte: os mineiros.

O painel também retrata o dinamismo dos centros urbanos mineiros, a riqueza das fachadas barrocas, os monumentos históricos e a energia da indústria que projeta Minas para o mundo. O ouro, por sua vez, brilha não apenas como herança mineral, mas como metáfora da fé, da esperança e do caráter único e inconfundível do mineiro.
Símbolos que inspiram
No coração da composição, a figura de Themis, deusa da Justiça, se destaca: serena, firme, equilibrando a balança com sabedoria. Ao seu lado, a pomba branca se eleva em voo harmonioso, reunindo os significados de paz social e fé. Esses são pilares que sustentam não apenas a Justiça, mas também a fundação do próprio TRF6.
Justiça com sotaque mineiro
Em primeiro plano, figuras geométricas fazem referência ao ícone da Justiça Federal realçado pelo tom fúcsia — cor oficial que distingue o TRF6 entre os demais tribunais regionais federais do país. A escolha cromática reforça a individualidade da nova Corte e sua conexão com o território que representa.
A concepção artística da vitrine busca mais do que beleza: é uma afirmação da missão institucional de servir com proximidade, humanidade e firmeza de princípios. Ao unir tradição e modernidade, fé e razão, arte e função pública, o painel inaugura também um novo capítulo do TRF6.
Que cada olhar lançado à vitrine lembre que a paz é o ouro mais precioso que se pode legar às futuras gerações de mineiros — e que a Justiça, como as montanhas de Minas, deve ser sólida, imperiosa e eterna.





