Solar Narbona e Palacete Dantas serão restaurados em parceria entre TRF6 e Ministério Público

A sociedade mineira terá dois de seus casarões restaurados e abertos a população. São os históricos casarões Solar Narbona e o Palacete Dantas (vizinhos um do outro), localizados no Circuito Cultural Praça da Liberdade em Belo Horizonte. Eles serão restaurados com recursos oriundos de acordo de cooperação técnica entre o Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF6) e o Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG). A assinatura do acordo foi realizada na manhã de hoje (21/8/2024) entre a presidente do TRF6, desembargadora federal Mônica Sifuentes e o procurador-geral do Ministério Público de Minas Gerais, Jarbas Soares Júnior, na sede do Tribunal Regional Federal da 6ª Região em Belo Horizonte.

Os recursos financeiros para o projeto arquitetônico de restauração do casarão Solar Narbona serão oriundos da Plataforma Semente. O projeto inicial para a restauração custará R$1,4 mi e será totalmente financiado pela Plataforma Semente, de acordo com o promotor de Justiça e coordenador do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Defesa do Meio Ambiente (Caoma), Carlos Eduardo Ferreira Pinto. Ele estava presente na solenidade de assinatura.

De acordo com ele, o projeto arquitetônico levará de oito a dez meses para ficar pronto. Após esse período, a execução do projeto será realizada. “É uma execução complexa e delicada porque trata de um patrimônio histórico do povo mineiro”, afirmou o promotor.

A Plataforma Semente utiliza recursos recuperados pelo Ministério Público do Estado de Minas Gerais com suas ações na área ambiental. O órgão ministerial destina parte desses recursos à promoção do patrimônio cultural, restauração e preservação. Os recursos financeiros necessários para a restauração dos casarões serão obtidos via Plataforma Semente.

Memória afetiva dos mineiros

A presidente do TRF6, desembargadora federal Mônica Sifuentes, falou da alegria de destinar esse projeto cultural ao povo mineiro. “Nós sonhamos com o dia em que todos aqueles prédios estejam recuperados e que a população possa finalmente desfrutar daquela área tão nobre, bonita e característica, e que é cartão postal da nossa cidade. Que possamos reintegrar à utilização para a população ”, comemorou a presidente do TRF6, desembargadora federal Mônica Sifuentes.

O procurador-geral do Ministério Público de Minas Gerais, Jarbas Soares Júnior, falou sobre o acordo firmado. “O TRF6 apresentou um projeto para a restauração do Solar Narbona, que é vizinho ao Palacete Dantas. E nós queremos entregar esses dois palacetes para uso, pois são bens da população. Hoje demos um passo muito importante para a restauração e preservação da Praça da Liberdade”, comemorou o procurador-geral.

O promotor de Justiça e coordenador do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Defesa do Meio Ambiente (Caoma), Carlos Eduardo Ferreira Pinto, ressaltou que a restauração dos prédios é fundamental para que a memória seja preservada no futuro. “O ato de hoje é simbólico porque demonstra essa relação entre instituições e a preservação do nosso patrimônio histórico”, avaliou o promotor.

O promotor de Justiça também falou sobre a ideia do projeto. “Integra a restauração do passado e também traz uma característica de inovação. O casarão será moderno, com questões ambientais, teremos energia solar e uso da água de chuva. Teremos essa adaptabilidade do novo e da tecnologia com a preservação do passado. Quem ganha é o povo mineiro, que terá dois casarões históricos integrados ao Circuito da Liberdade”, pontuou o promotor de Justiça Carlos Eduardo Ferreira Pinto.

Finalidade pública

O casarão Solar Narbona será destinado para o uso da população e também para abrigar o Centro de Memória, a Revista e a Escola de Magistratura do TRF6.

Enquanto o Centro de Memória desempenhará um papel cultural significativo, estando aberto à visitação pública; a Escola de Magistratura e a Revista do TRF6 proporcionarão conhecimento e integração entre o público e a sociedade civil.

Solar Narbona

O primeiro proprietário do Solar Narbona foi o construtor espanhol Francisco Narbona, que destinou o prédio para uso residencial.

Além de residência do sr. Narbona, o Solar Narbona já foi ocupado por uma faculdade de Odontologia, Delegacia Geral, pela Fundação para o Bem-Estar do Menor (Febem) e pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG).

Atualmente, o Solar Narbona faz parte do Conjunto Arquitetônico da Praça da Liberdade, tendo sido tombado em 2 de junho de 1977 pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG).

A preservação do casarão histórico é uma maneira de honrar e proteger o passado enquanto se constrói um futuro mais sustentável e consciente. É um investimento no valor cultural, econômico e ambiental do povo de Minas Gerais.

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